sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Snake



"- No início dos anos 60 acontecia a grande agitação dos músicos da época - a guitarra elétrica – e um
    jovem músico e entusiasta do Rock, com iniciativa e muito talento, começou a produzir artesanalmente
    guitarras e amplificadores. Logo nascia a SNAKE, que em pouco tempo se consagraria como um ícone
    do segmento, produzindo verdadeiros objetos de desejo para as bandas da época..."

Na segunda metade dos anos 70, a Snake passou a fabricar somente amplificadores, cabeçotes e combos (não deixe de ver o site), passando então a produção das guitarras para a Fink que acabou não vingando.  E como sempre acontece, essa derrocada transformou as guitarras Snake num mito (especialmente as semi-acústicas).   A empresa também comercializava instrumentos e amplificadores sob a marca Ookpik.  Tinha até uma linha bastante diversificada inspiradas em instrumentos das marcas Rickenbaker, Gibson e Danelectro.
Hoje em dia, tem gente que diz que as guitarras Snake são de qualidade duvidosa mas que tem uma tocabilidade interessante, muito se fala dos braços:  Confortáveis, macíos e de ótima pegada...  A verdade é que a Snake tem uma legião de seguidores.  Existem grupos de discussão, foruns na Internet, matérias publicadas em revistas especializadas e depoimentos de músicos famosos que já usaram esse instrumento.
Em 2007, eu estava rodando pelo centro do Rio a procura de peças para um baixo que eu estava restaurando.  Depois de muitas idas e vindas, fui parar no depósito de uma loja de instrumentos bem conhecida e tradicional.  As peças que eu precisava mesmo, eu nem sei se tinha no meio daquela bagulhada.  Só sei que eu encontrei jogados num canto um corpo e um braço de uma Snake semi acústica.  Na verdade foram dois braços e um corpo.  Já contei isso aqui.
Um dos braços está na Semi acústica que eu fiz - aquela do post de fevereiro.  Esse outro conjunto está guardado esperando o momento oportuno para ser devidamente (e com muito carinho) restaurado.


















Essa guitarra devia estar jogada naquele depósito há muito tempo.  O corpo estava quebrado na parte inferior e presisou levar um remendo.  O braço estava sem trastes e, apesar de descascado e com a madeira manchada, não apresentava o menor sinal de empeno (o que indica a boa qualidade da madeira).

Essa ainda vai demorar um pouquinho pra ficar pronta mas qualquer coisa que eu fizer nela, registrarei aqui.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

... E teve gente dormindo na fila!

Esses foram os primeiros a comprar o superbox dos Beatles.  Essa coisinha bonitinha aí em baixo foi o primeirão!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Number nine... Number nine... Number nine...


Estava eu pesquisando materal para o próximo post quando aos 45 minutos do segundo tempo, me lembei que amanhã é o dia 09/09/09.
Todo mundo já deve estar careca de saber mas eu vou registrar assim mesmo:  Amanhã, 09/09/09, a gravadora EMI vai lançar os 13 discos oficiais da carreira dos Beatles remasterizados, com capas reestilizadas, fotos inéditas e uma faixa interativa com uma espécie de making of de cada disco.
Os mais aficcionados podem ainda adquirir duas versões em caixas importadas com pôsteres extras, um DVD com os minidocumentários, e o CD duplo Past masters, coletânea de 33 canções.  A caixa na versão em estéreo vai custar oitocentas pratas.  A outra, em mono 950.
Há quem diga que os puristas, os beatlemaníacos mais conservadores consideram isso um crime hediondo.  Que Beatles é pra se ouvir em vinil...  Eu que não pertenço a esse grupo gostei da idéia.  Assim como gostei do Let it be nakked e já ouvi até cansar (ouço até hoje) uma gravação artesanal (quase tosca) em MP3 de um ensaio dos Beatles onde eles trocam letras das músicas, erram e caem na gargalhada e em determinado momento o Lennon vai cantar Come together e no refrão a voz dele não sai...  Enfim:  Até a bagunça dos Beatles é legal de se ouvir.
Os álbuns foram remasterizados. é lógico, no Abbey Road, em Londres.



Outra notícia bombástica desse 09/09/09 e que também não é novidade nenhuma, é o lançamento do jogo The Beatles: Rock Band.  Mas com relação a isso eu não tenho muito pitaco a dar porque entendo tanto de videogame quanto o Fausto Silva entende de moda.
A banda é o prato favorito dos que gostam de mensagens subliminares e enigmáticas, boataria etc.  Aproveitando isso, o pessoal do marketing pegou carona no “number 9... number 9... number 9...”, repetido mecanicamente em “Revolution 9” do Álbum Branco, como uma espécie de premonição aos acontecimentos deste dia 9, do "9" de 2009.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

MINI BLOG DO BIG MUG

O escritor, músico e jornalista Ayrton Mugnaini Jr., está lançando o livro O Jovem Elvis Presley.  Este é o segundo livro dele sobre o verdadeiro Rei do Pop.
Ele também já escreveu sobre Adoniran Barbosa, Chiquinha Gonzaga, Raul Seixas entre outros; escreve para várias revistas e blogs além de vários outros trabalhos sempre voltados para a área da cultura.
Conheci Ayrton em 2008 e fiquei encantado com a sua simplicidade, simpatia e de vê-lo tocando baixo.
O blog dele é absoluamente fantástico!  Leitura obrigatória para quem gosta de música além de uma fonte inesgotável de pesquisa e conhecimento.
Aqui você pode adquirir o livro.  Eu já estou providenciando o meu!

sábado, 22 de agosto de 2009

O Melhor dos melhores!


Saiu hoje no Portal Ig Música:
A revista TIME elaborou uma lista dos dez melhores guitarristas da história.  No topo da lista está, lógico, Jimi Hendrix.  Aliás Hendrix encabeçará, senão todas, a maioria das listas de melhores guitarristas de todos os tempos.  Eu particularmente costumo dizer que "Hendrix não inventou a guitarra.  Descobriu pra quê ela servia!"
A lista ainda inclui monstros sagrados como B.B.King, Keith Richards, Eric Clapton, Jimmi Page e outras feras.
Leia a matéria aqui!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Jazz

Eu não me atreveria a chamá-la de Jazzmaster, afinal, não é uma lenda, tampouco uma Fender. Prefilo chamá-la simplesmente de Jazz! Mas acho que ficou legal, pelo menos foi o trabalho que eu mais curti fazer até hoje.


Os captadores Kent Armstrong tiveram um resultado surpreendente. Deu um timbre agressivo e consistente.
As tarrachas Groover deram um ar vintage ao instrumento e o roller nut no lugar da pestana impede que ela desafine com o uso da alavanca.


O guitarrista e consultor técnico Lincoln Novaes testou a Jazz e ficou surpreso com o resultado. Elogiou o timpre do instrumento, abusou das alavancadas, bends, distorção... Enfim: Instrumento aprovado!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ainda sobre Les Paul

Esse disco foi lançado em agosto de 2005. Tá bom! Vou falar
a verdade. Eu não conhecia esse CD. Ouvi ontem e gostei
demais.

Vou te dar uma canja gente boa: Se quiser baixar o CD, faça-o
aqui! Vale a pena conferir!

Clique na foto e veja a turma que participa do disco!





sexta-feira, 14 de agosto de 2009

+ Criador e criatura +

O que eu tenho pra falar sobre a morte de Lester William Polfus, não vai acrescentar nada ao tanto que já se falou sobre ele nas últimas horas.
Deixo então a foto que amanheceu estampada no site da Gibson. Uma imagem que representa bem o que significou para o mundo esse cara que, de um sopro divino num corte de madeira nobre, fez a guitarra que o mundo inteiro aprendeu a amar.



sexta-feira, 31 de julho de 2009

Jazzmaster

A Fender lançou a Jazzmaster em 1958. O seu shape com linhas suaves e uma inclinação na parte posterior (o que muda o centro de gravidade do instrumento) sugeria uma guitarra ideal para se tocar sentado, portanto, perfeita para músicos de jazz e blues.
Uma concepção que reunia conforto, boa sonoridade e apelo visual... Consequentemente um sucesso de vendas certo???
ERRADO! Ela sucumbiu à coqueluche da dupla Strato/Telecaster. O modelo acabou não decolando. Caiu nas graças dos músicos de estilo grunge, punk, surf music e principalmente no circuito underground porque era uma Fender e era baratinha.
Como o universo da música é cheio de mistérios, ela acabou virando uma lenda e ganhou a preferencia de guitarristas ilustres, entre eles Kurt Kobain, Robert Smith; os Johns Lennon e Fusciante e Elvis Costello. Costello inclusive foi agraciado com o privilégio de assinar o modelo comemorativo do quinquagésimo aniversário da moça.


A Fender ainda lançou quase que simultaneamente à Jazzmaster os modelos Jaguar e Mustang todas com o mesmo apelo visual, apenas com diferenças na captação e na escala (todas as Jazzmasters têm escala em madeira escura, se não me engano Rosewood e captadores modelo P90).


E eu como estou entre os admiradores nada ilustres da Jazzmaster, resolvi prestar também minha humilde homenagem à lenda!



O Baixo


O Baixo ficou pronto! Ficou bem parecido
com a "semi". Os captadores são Samick.
Dois do tipo "Jazz Bass" e a cavidade que abriga
o captador do braço, pode acolher também um do
tipo "Precision".





O Braço é de Pau-marfim e as ferragens comadas.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O estranho mundo de Eddie


Eu aqui falando:
Luthieria pra lá, madeira pra cá,
timbre, sonoridade, acabamento...
E nos anos 80, um cara ganha status
de melhor guitarrista do mundo
empunhando um troço desses!
É quase que pregar um DiMarzio e
uma Floyd Rose num pedaço de pau.

A "Charvel Frankenstein". de
Eddie Van Halen ficou tão famosa
quanto ele. Tanto que a Jackson/Charvel
chegou a produzir um modelo
com essa pintura e uma,
configuração eletrônica bem parecida
mas foi (lógico) um fracasso
retumbante de vendas!

Ninguém se atreveria a pilotar uma
dessas se não fosse pra fazer a terra
tremer como o EVH fazia.

terça-feira, 3 de março de 2009

Baixo


A concepção do baixo, foi mais ou menos, a mesma da semi acústica: Tampo de muiracatiara, fundo de cedro. Só que colados um no outro, sem câmaras acústicas. Somente as canaletas para passagem da fiação, potenciometros etc.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

"Parla"


O acabamento ficou assim: Revesti o Headstock com uma lâmina de pau marfim. usei o mesmo
laminado em torno da escala, nas rosetas laterais e entre as camadas de Muiracatiara e Cedro.
O som ficou bem gordo. Acredito que a densidade da madeira, tenha dado um realce especial nos graves.

O corpo foi boleado nas bordas e esculpido nas partes de contato com o corpo do guitarrista.
Ficou um instrumento anatômico apesar de pesado e com uma sonoridade peculiar. Tem som de "guitarra velha", guitarra de blueseiro.




Semi: Captação e ferragens



Como eu não fazia a menor idéia de como ficaria a guitarra, comprei um set de captadores Kent Armstrong pela relação custo-benefício. Se o instrumento ficasse bom mas com um som fraco, eu, posteriormente, trocaria os captadores. Mas o resultado foi melhor do que eu esperava: Fiz
a instalação igual a da Gibson ES 335, só com dois controles de volume e um de tonalidade. O resto das ferragens eu usei Gotoh.

A madeira escura do tampo/fundo é Gonçalo Alves (muiracatiara), o braço é de Maple com a escala em Jacarandá e o meio do corpo é Cedro.

A semi acústica

Ai eu pensei: Quem faz uma guitarra pequena faz também uma de verdade. Resolvi partir para um projeto mais ousado. Uma semi acústica com o corpo esculpido em camadas de madeira com
tonalidades diferentes.


Optei por uma semi acústica por causa do visual rústico da madeira. Eu já tinha um braço de uma antiga Snake que eu encontrei no depósito de uma loja de instrumentos no centro do Rio.
Comprei o braço só com a escala quase ao preço de uma guitarra zero km.
Fiz a replainagem da escala, fiz um capotraste de osso e coloquei trastes Dunlop jumbo pra dar
um som mais rascante.

Começou assim:

Meu filho me pediu uma guitarra de natal. Eu achei que o presente seiria mais significativo se
eu a fizesse ao invés de comprá-la. Mesmo sabendo que, ele ia acha que o presente foi feito/trazido pelo Papai Noel.
Por conta dessa fantasia, tive que trabalhar longe dos olhos dele. Foi complicado mas acabou saindo.
Daí pra frente a coisa virou febre, entrou na corrente sanguínea. Fui tendo outras idéias, novos projetos, enfim, Fui pegando a manha!
Ainda tenho muito a aprender, muito a aperfeiçoar, pesquisar... Tá tudo aí. Pode olhar à vontade.